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Os destaques do mercado da moda que influenciarão 2017

A BoF e a McKinsey & Company levantaram os 10 principais temas que afetaram o mercado da moda em 2016 e que vão influenciar esse mercado em 2017.

Fiquem de olho nos highlights que trouxemos para vocês!!!

1. Incerteza

2016 foi marcado por incertezas resultantes de conflitos políticos, crises financeiras, e até mesmo o terrorismo. Esse aumento da instabilidade mundial levou à diminuição do consumo global. Grande parte das compras de moda são frequentemente movidas por emoções e com a insegurança dos consumidores em relação a essas questões, eles acabaram comprando menos e se afastando de grandes centros de consumo.

2. China

Os consumidores chineses estão se tornando mais seletivos e mudando seu comportamento de consumo, preferindo investir em produtos premium que têm serviços e experiências melhores ao invés de somente quantidade. Isso acarreta em uma desaceleração econômica da China de um lado, mas abre novas oportunidades de outro como a melhoria da qualidade dos produtos chineses.

3. Promoções

O mercado norte-americano continua sendo caracterizado por sua elevada venda de coleções em promoções e aumento progressivo de descontos. Neste quesito, as empresas precisam tomar cuidado, pois enquanto essas táticas são úteis para impulsionar as vendas no curto prazo, elas geralmente são insustentáveis no longo prazo.

Em 2016 os consumidores que compram só em promoção representaram 75% das compras de vestuário em todos os canais, e alguns varejistas tradicionais agora têm mais lojas outlets do que lojas que vendem seus produtos a preço cheio.

Essa tendência é muito forte na China e tende a se espalhar em outros mercados como na Alemanha e outros países da União Europeia.

4. Mudança no estilo de vida dos consumidores

Em 2016 detectamos uma mudança no estilo de vida dos consumidores principalmente em 4 categorias: a moda esportiva, a sem gênero, a “oversized” e a moda focada nos nichos como a “modet wear” focada no mercado do Oriente Médio e Sudeste Asiático. Um bom exemplo são as coleções lançadas pela Uniqlo e Dolce & Gabbana voltadas a esse público.

Coleção Abaya da Dolce & Gabbana

Coleção Abaya da Dolce & Gabbana

5. Upgrades digitais

Um dos desafios enfrentados pelas empresas de moda é encontrar o equilíbrio entre os produtos e preços oferecidos no e-commerce e nas lojas físicas e o uso inovador de ferramentas digitais pelas empresas para envolver os consumidores e impulsionar as vendas. Um bom exemplo disso são as novas ferramentas que trazem a realidade virtual como desfiles em 3D para os clientes.

6. Mercado da moda

Com as pressões empresariais para produzir mais em menos tempo e com redução de custos, o mercado já mostra sinais de recuperação de vendas em algumas categorias de moda, o que não se via desde a crise financeira de 2008 e 2009, quando as vendas da indústria desaceleraram.

7. Redução de custos e reestruturação

Detectamos também a busca por reestruturação para reduzir os custos e manter as vendas e a situação financeira das empresas saudável. Algumas marcas como Burberry, Sonia Rykiel, Roberto Cavalli, Ralph Lauren e Marks & Spencer já aderiram a reestruturação e estão revendo suas redes de lojas e até fechando algumas.

8. Recompensa imediata

O consumidor está mais exigente. O cliente não quer mais esperar uma estação para comprar o que ele vê no desfile hoje, e isso está forçando a indústria a entregar os produtos em uma velocidade maior. A tendência da velocidade do ciclo de vida do produto do “fast-fashion” afeta agora o segmento de luxo. Algumas marcas como Burberry, Tom Ford e Tommy Hilfiger já disponibilizam seus produtos para a venda logo após o desfile e com entrega imediata.

O que ainda precisamos saber é se todas essas novas tendências vão conseguir manter a margem de lucro das marcas a longo prazo. Mas, uma coisa é certa: o consumidor não espera mais pelo produto.

9. Crise de criatividade

O ritmo da moda tem acelerado muito nos últimos anos, com muitas marcas aumentando o número de coleções (em média seis por ano) e diminuindo os prazos de fabricação e entrega das peças. Isso elevou muito o volume de trabalho dos diretores criativos de grandes marcas de luxo e resultou em uma “dança das cadeiras” na indústria da moda em diversas grifes em 2016 como Christian Dior, Lanvin, Calvin Klein, Saint Laurent, Ermenegildo Zegna, Balenciaga, Oscar de la Renta, Carven, entre outros.

Hoje os designers estão perdendo espaço na autonomia das coleções para trabalharem em conjunto com as equipes de vendas e merchandising, o que diminui o espaço para o “ego” no trabalho. Uma vez que a empresa tem um foco maior em venda, o trabalho precisa ser feito em equipe.

10. Inovação responsável

A sustentabilidade não poderia ficar de fora dessa lista. Ela representa o novo fator na decisão de compra dos consumidores. Em mercados emergentes, mais de 65% dos consumidores buscam a moda sustentável. Empresas que aderiram a essa iniciativa já saíram na frente como a H&M e a Nike que estabeleceram publicamente metas de sustentabilidade e padrões para as importações de tecidos e outros materiais.

Para ler o relatório na íntegra é só clicar aqui.